Nem sempre os maus tratos são visíveis ou evidentes. Abuso físico ou sexual, exposição a violência doméstica, abuso emocional e todo o tipo de negligência enquadram-se nos maus tratos.
Quando negamos o colo e carinho à criança, quando a proteção em excesso priva o seu desenvolvimento equilibrado, quando sujeitamos a criança a situações de violência doméstica, quando a criança é alvo da batalha entre pais, quando não lhe damos os parabéns pelas pequenas vitórias, quando as humilhamos em público e privado, quando não damos liberdade aos jovens para fazerem as suas escolhas, quando negamos os ouvidos aos nossos filhos e filhas, quando colocamos os nossos interesses pessoais sobre as suas perspetivas de evolução e criação, quando e quando… estamos perante situações de negligência que afetam psicologicamente a evolução das crianças e consequentemente a sociedade.
Todos, entidades públicas ou privadas, pessoas anónimas, amigos, colegas de escola e vizinhos temos o dever cívico e moral, não de apenas olhar mas sim de observar o que se passa à nossa volta, e denunciar aquilo que coloque em risco ou perigo as crianças ou jovens sejam eles irmãos, primos, amigos, vizinhos ou apenas conhecidos.
O que podemos fazer perante situações de risco ou perigo que conhecemos? Devemos saber que existem entidades competentes em matéria de infância e juventude às quais nos devemos dirigir para denunciar, CPCJ, GNR, PSP, entre outras.
As crianças e os jovens são de todos, da sociedade, ninguém é dono de ninguém com tal devemos estar atentos a tudo aquilo que nos rodeia especialmente no que diz respeito às crianças e jovens desprotegidos.
Uma criança tem direito a ser feliz cabe a todos contribuir para que isso seja possível.